segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Qual é seu valor?

Sabe, eu andei tendo umas crises esses dias ai. Daquelas que a gente tem as vezes, por ser fraco, é. Ser fraco.

Faculdade é uma parada tensa. Sei que já se passaram 8 meses desde que deixei de ser High School pra me tornar from College. Mas, as percepções, as diferenças... São muitas.
Desde o fato de que eu posso chegar meia hora atrasada, entrar, sentar e não me sentir envergonhada por isso [na realidade eu me sinto porque sou meio nerd e odeio chegar atrasada, é u.u KK] ou o fato de eu não ter que perguntar "Professora, posso ir no banheiro?" para fazê-lo, até as relações humanas. Essas são muito diferentes, e são o motivo da minha ultima DR comigo mesma.

Pelo menos na minha vida, eu sempre fui cheia de pessoas. E pessoas agregam diferenças, e isso é bom pra gente. Quando mais pessoas você tiver na sua vida desde cedo, maior vai ser a sua percepção de respeito, de que ninguém é igual.
Mas, na faculdade isso é tão nítido, pelo simples fato de sermos praticamente adultos.
Muitos ali nem o são para a lei, mas, na nossa profissão, desde o primeiro dia de aula, podemos nos considerar adultos. Temos contas a prestar, um nome a zelar e VALORES.
É, foram eles que eu questionei.

Eu sabia que o caminho que eu escolhi trilhar não seria facil.
Jornalista ganha mal, já nem é tão respeitado pela sociedade pois nosso trabalho tem sido mal feito pelos que estão por ai... E nisso os focas sedentos por belas matérias já são vistos como incompetentes; eu não conheço absolutamente UMA ALMA que tenha alguma coisa a ver com isso pra me descolar um estágio, um emprego, uma cartinha de indicação se quer... E por um tempo no meu último ano do médio eu penei pra me decidir. Pensei em várias outras coisas mais fácies e lucrativa$.
Penei.
E graças a Deus, eu escolhi fazer aquilo que de acordo com registros da minha mãe eu faço desde os 5, 6 anos [Ela tava me dizendo esses dias, que quando eu era pequena eu fingia que estava numa redação de jornal e dizia que era jornalista e estava fazendo matérias. Eu te confesso que depois disso eu tive mais certeza da minha escolha sabe... Mesmo que eu veja meu texto, minha nota, a matéria, a oportunidade e ache que não... Parece que eu nasci pra ser isso]... fui meter a cara na minha graduação em Jornalismo.
Eu confesso, somos loucos. Só um louco faz Jornalismo.
Eu nem preciso desses 4 anos pra ser uma...
4 anos na labuta, pra ganhar mal, não ter feriados, fins de semana nem férias, não dormir, muito menos comer direito, viver sob a pressão do dead line, do chefe, do cargo que quer alcançar, da editoria que sonha em cobrir...
Eu posso não ter 100% de certeza, mas eu não me vejo fazendo outra coisa.
Quando eu recebo um elogio de um texto, fico tão feliz que nem sei expressar o quanto.
E quando eu me imagino na rua, falando com aquela senhorinha que ninguém ouve, indo atrás da fonte, entrevistando, ou [meu maior sonho, confesso] correndo atrás dos jogadores no fim de um clássico pra entrevistá-los... Eu me sinto bem, muito bem por sinal. Eu mal sei como chegarei a esses lugares... Mas, eu quero, e sei que vou chegar...

E valores nessa profissão são tão valiosos quanto a proteção da fonte que não quer ser revelada sob hipótese alguma.
E você passa testar os seus desde o primeiro semestre da faculdade.
É nessa hora que você sabe até onde você pode ir pelo seu bem, pelo seu status, pela sua boa reputação.
E foi no meio de tantos valores relativos que eu levei um dos maiores choques até agora.
Essa percepção de que valores são relativos me veio a tona de uma maneira bem triste, confesso.
Eu vi gente fazendo coisas que eu não gosto. Não gosto mesmo.
E vi gente achar bonito, aquilo que eu e qualquer um sabemos que é feio. E muito.
Mas, os vi fazê-los como se fosse comum... Como se fosse rotineiro, como se fosse só mais um métodos de alcançar.
Pensei comigo "Se é assim que eu vou ter de ser, prefiro não ser". E prefiro mesmo meu amigo.
Só que isso afetou minha escolha... E eu cheguei a duvidar se eu estava no lugar certo.
Mas, assim que esse momento veio como uma nuvem escura sob mim eu me lembrei do que tinha dito pra Deus antes mesmo de pensar em estar na Metodista. Eu disse a Ele que a minha vida seria como Ele quisesse. Não impus minha vontade, porque muitas vezes, quando nós pedimos algo a Deus Ele nos dá, mesmo sabendo que não dará certo; eu prefiro deixar que Ele resolva. E Ele resolveu me colocar ali. Portanto não há o que temer. Não mesmo.
Sei que as coisas serão como tem de ser, e se Deus me colocou nessa posição Ele vai me honrar com meus valores.
Eu não precisarei dizer o que não quero, nem ser o que não sou, nem me sobrepor a ninguém.
Deus conhece meu caráter, e me honrando ou não, eu não quero retroceder e ser aquilo que eu sei que Deus não se orgulharia que eu fosse.

Sim, eu vejo muita gente mal intencionada, invejosa, que acha que é nerd, acha que é culto, e acha que das piores maneiras vai conseguir alguma coisa... Talvez, e muito provavelmente ela consiga, mas meu valores são meus valores e eu não passarei por cima deles sob hipótese alguma.

"Sereno é quem tem a paz de estar em par com Deus"
Não é à toa que isso esta escrito mal e porcamente (made in power point pq eu não manjo de photoshop mesmo, idai? u.u) no meu blog.
Quero essa serenidade. Quero essa paz.
Acima de tudo, sempre.

*Desculpe todo e qualquer erro de português, digitação. Não revisei, é.
Fiquem com Deus
:*

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