sábado, 10 de outubro de 2009

É

A gente nasce pra isso...
Pra fazer alguma coisa!

Você passa parte da vida tentando descobrir o que você faria pelo resto dela com um sorriso no rosto.
O que te faria acordar todos os dias, e perder mais de 8 horas?
O que faria a noite mal dormida, o trabalho de fim de semana, ou a luta por um emprego melhor valer a pena?
O que faria você pagar a faculdade com sacrifício (ou não), estudar pra conseguir bolsa, as vezes ir sem dinheiro, passas dias estudando, aguentar professores e universitários egocêntricos por quatro anos ou mais?
O que?

Um dia você ja quis ser bailaina, apresentadora, professora, jogador de futebol, pedreiro, astronauta... Mas, o tempo passa, a gente cresce e começa a ver que é muito gorda pra ser bailarina, muito ruim de bola pra ser jogador, pouco otimista pra ser famosa...

Tem gente que esta na casa dos 40 e ainda não descobriu o que quer da vida,
tem gente que desde que nasceu, quem olhava já chutava o que seria. Dentre essas, tem gente que foi previsível, outros não.

Desde o fundamental eu coloquei na minha cabeça que queria fazer Jornalismo. Não sei te dizer ao certo porquê. Nesse tempo, eu não era fã de jornal impresso, mal via jornal na TV, e nem imaginava que também transmitiam notícias pelas ondas do rádio... Mas, quando me perguntavam o que queria fazer na faculdade, eu dizia sem pestanejar que queria fazer Jornalismo.

No terceiro ano do ensino médio, a porta de entrada para a faculdade, eu tive minha crise existencial... Tive medo das crises financeiras vindouras (possíveis vilãs da minha vida adulta), que estariam diretamente ligadas com a pergunta 'Qual a média salarial da sua profissão?'
Andei pelas profissões com o guia do estudante na mão e aqueles testes vocacionais de internet. Mas, não adiantava... Era Comunicação... Era Jornalismo.
Depois de uma conversa com um amigo, eu esqueci de pensar em primeiro lugar no capital.
Na época ele havia feito isso (mudado de Rádio e TV pra RP por R$) e não tava satisfeito... Voltou pra Rádio e TV. -ele acabou desistindo da facul por querer ser roteirista. E a maioria dos profissionais na área não tem curso superior completo, ou seja, era um dinheiro gasto sem necessidade pra meta dele.
A partir dali eu ja sabia o que ia fazer, mais do que nunca. Não era história, nem geografia, nem Design Gráfico, nem Web Design... era Comunicação Social com habilitação em Jornalismo.
O próximo passo?
Entrar na faculdade. Eu sei, como sabia na época, que minha mãe não tinha a menor condição de bancá-la. E isso não é vergonha pra mim.
Não tenho vergonha de ser de Mauá, de morar no Jardim Miranda, de não ter dinheiro pra fazer tudo que quero ou comprar tudo que quero, diferentemente de vários dos meus colegas de classe. E isso não nos faz diferentes. Todos nos esforçamos para estar onde estamos agora. Uns mais, e outros menos.

Minha única chance era o Prouni. Que adota milhões de filhos da pátria por semestre (haauhaa); parcial ou imparcialmente.

O Enem foi sem dúvida a prova mais importante da minha vida, um dos dias mais importantes da minha vida; porque eu sabia que meu futuro seria decidido ali. Eu não tinha outras opções... A não ser passar numa federal PUUUUUUUUUF hauhaah.
E como tudo na minha vida, mais uma vez, eu entreguei nas mãos do Pai.
Esperamos os resultados... Nos frustramos, esperamos...
Nos inscrevemos... E esperamos.

A Metodista não era minha primeira opção. Mais por uma questão de mimo, se assim posso dizer, eu coloquei outras à frente dela. Mesmo se
ndo a melhor das que eu tinha escolhido, isso é fato.

E Deus quis que eu fosse para lá.
E para lá eu fui.

Comecei a faculdade, passei por momenos decisivos, por medos normais... Por mta coisa.
E até quarta-feira eu tinha minhas dúvidas quanto a minhas escolhas...
Mas, elas acabaram todas ali. Naquele print.

Fui chamada, de última hora, para cobrir os Jogos Abertos do Interior em São Caetano pro Rudge Ramos Online, o site de notícias da minha faculdade.
Agora era pra valer. Era eu com minha credencial, um bloquinho
e uma caneta, e meu mp4 improvisado de gravador. Mais nada.
Se eu disser que não estava morrendo de medo eu estarei mentindo descaradamente.
Eu tinha medo.
Mas, era ali que eu queria estar.
E assim foi. Acompanhei o jogo, corri atrás de aspas, fiz meu texto.
Sei que ainda tenho muito o que melhorar; tenho de perder um pouco do receio; tenho de escrever melhor...
Mas isso vem com o tempo, e eu sei disso.

Meu primeiro passo foi dado, meu primeiro trabalho de fato, e eu estou muito feliz por ter gostado.
Confesso até, que na sexta, onde eu voltei pra casa depois da aula, senti falta de ficar na faculdade, comer um lanche e ir cobrir algum jogo.
Nesses dois dias, eu passei frio, fiquei com o pé cheio de lama e toodo molhado. Mas, sabe quando você sente que vale a pena? É, valeu.


E eu imagino o quanto vai valer quando eu estiver publicando um texto que solucione o problema daquele bairro que a prefeitura não dá a mínima.
Quando o resultado do meu esforço, sanar as dúvidas de uma parcela da população sobre aquela CPI, aquele escândalo.
Quando através do que escrevo, eu conseguir passar os valores, a emoção, a verdade pra quem lê.

Pode parecer utópico nesse mundo onde o capitalismo já chegou no jornalismo. Aquele que deveria ser o poço, onde os cidadãos bebem da água da verdade ui huaha. Ali há interesses daqueles que sustentam o veículo (propaganda), há linha editorial, eu sei. Sei de tudo isso.

Descobri.

É isso que eu quero.
É sim.


beijos jornalísticos rs :*



2 comentários:

Letícia Cardoso disse...

Eu tenho certeza jak, que você vai cnseguir tudo o que você sonha.

Eu ainda vou ver você correndo pelo campo atrás dos jogadores
E vou sentir um orgulho louco.

Eu já tenho um orgulho louco de você!

;)

Carol disse...

Eu gosto tanto de ler o que voc^ escreve, mas nem tem post novo aqui =[