domingo, 25 de abril de 2010

As melhores coisas do mundo

Sexta fui assistir “As melhores coisas do mundo”, com minha prima Vânia.

Tudo começou, porque ela ama o Fiuk, e não queria ir com o namorado. Assim, ela poderia comentar sobre a beleza dele huaaha

Vi o trailer, e decidi ir, oras, por que não?

E além de ficar presa numa sacada medonha do Grand Plaza e fazer mais abdominais, pelo tanto que ri, do que se tivesse com ABtoner na potência máxima, eu sai dali meio inspirada, cheia de questionamentos.

O enredo basicamente é um menino descobrindo como tornar-se adulto é uma parada tensa. E é verdade.

Primeiro, eu vi que somos todos muito iguais. A humanidade tem umas mudanças de comportamento, mas quando ela estagna o ciclo é o mesmo. Isso soa bem “old”, mas eu vi todo o meu mundo naquela escola de ensino médio. Eu vi os tipos com outros nomes. Vi a menina que só anda com os meninos, e que nem sabe quão bonita é. Vi a menina que sabe que é bonita, e usa isso como vantagem. Vi os meninos que pra conseguir o que querem passam por cima dos amigos. Vi os redimidos. Os revolucionários. Os com alma de rico. Vi jovens, cheio de limitações.

Muitas vezes, nos escondemos atrás do que não somos por ser confortável.

Muitas vezes, nos doamos tanto a alguém que nos esquecemos de nós mesmos. E quando essa pessoa se vai é só vazio.

Muitas vezes, o silêncio é a forma de mostrarmos que não sabemos lidar com determinada situação.

Muitas vezes, a gente NÃO SABE MESMO como lidar com determinada situação.

Muitas vezes, a gente é o que não é para que outra pessoa nos veja. Sim, nós fazemos isso o tempo todo. Não adianta dizer que você não faz.

O mundo tenta enfiar nas nossas cabeças que nós DEVEMOS saber de tudo. Como sentir. Como lidar. Como fazer. Como ser.

Eu discordo. NÃO, VOCÊ NÃO PRECISA SABER DE TUDO.

Ninguém sabe.

Li uma frase hoje, no editorial da Super (aaah Super, sonho de trabalho do meu cérebro tão subdesenvolvido para tal proeza *-*) desse mês que é a mais pura verdade. “Porque máquinas podem parecer complicadas, mas não chegam nem perto da complexidade das pessoas que giram ao redor delas”. Sérgio Gwercman, o diretor de redação da Super, que escreveu isso.

Enquanto nós nos preocupamos com a matéria, com o emprego, com a conta, com o dinheiro, com a PPD, a blusinha, a Melissa, a gente perde um tempo precioso que deveria ser investido no que o ladrão não pode roubar, e a traça não pode comer.

Claro, pra mim, isso é tempo que deve ser investido em Deus. Mas, nesse post eu quero ir, além disso. Deixar o evangelismo pro blog certo e falar de algo que qualquer um pode fazer, não importa o que te leve a viver além do que aqui esta.

Você já parou hoje?

É, parou de parar e pensar na sua vida?

Qual foi a última vez que você parou para analisar cada ação sua, procurar melhorar, achar a maneira certa de lidar com alguma situação extremamente difícil e subjetiva?

Qual foi a última vez que você olhou tudo ao seu redor e viu quem corre do seu lado, e quem passa de largo?

Qual foi a última vez que você disse o que sentia para alguém, seja isso bom ou ruim?

Qual foi a última vez que você agradeceu. E só?

Essa vida é curta demais, para passarmos por ela fazendo o que os outros dizem ser certo.

Para passarmos por ela amargurados. Feridos. Sozinhos. No trabalho que você não gosta, e só continua lá pelo dinheiro.

Passar escondendo das pessoas o que você é. O que você sente. O que te entristece. O que te faz feliz.

E pode acreditar. Isso é muito mais para mim, do que para vocês.




Porque tem horas, em que você simplesmente não sabe o que fazer.

"Não há nada errado em ter medo. Errado mesmo, é deixar ele parar você"

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