quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sobre trens e Los Hermanos


Tenho parado de escrever, não venho aqui desde o ano passado (faz tempo mesmo! Não é piadinha rs)... E eu nem sei porquê.

As vezes, algumas coisas me vem a cabeça, mas eu fico com preguiça mesmo.

Vou tentar parar de tê-la, pois eu vou viver de escrever. Haha

Hoje, pegando o trem lotado pra ir pro estagio, eu peguei meu livro pra ler (Showrnalismo, bom, mto bom!), e como sempre, procurei um set list de músicas mais calminhas no mp3, pra não atrapalhar a leitura. Escolhi Los Hermanos, pra tristeza do livro que logo foi deixado de lado. Porque LH é contagiante. Cada letra tem um significado mto pessoal, mesmo. Se ‘O Vencedor’ foi escrito pelo Camelo enquanto ele assistia a final de um BBB da vida, ela me lembra Conrado’s e todos os sentimentos que esse medíocre (no sentido da palavra mesmo, não no conhecimento comum dela) me fez sentir. E é pura nostalgia e saudosismo. E como 'Último Romance' me lembra o Thauan, e 'Sentimental' me lembra o William... Enfim.

E pode parecer bizarro, mas vagões de trem são inspiradores pra mim. Já até falei deles aqui.

Eu olho pelas janelas e penso na imensidão que tem lá fora. Nas vidas, as fábricas, as lágrimas, os sorrisos, os risos, as paqueras, os namorados, os términos, os pais, as filhas, os filhos, os emos, sei lá... A chuva...

Olho pra dentro, e vejo a imensidão de cada vagão, de cada cadeira, porque em cada canto daquele lugar tem VIDA, tem PESSOAS, tem HISTÓRIAS, tem LUTA. Tem gente indo trabalhar, voltando do trabalho, procurando por ele, indo passear, encontrando alguém, desencontrando alguém. Existem os livros, os olhares, as músicas, as roupas, as comidas, as conversas... Tudo que nos identifica, que nos diferencia, que nos une, que nos separa.

E eu percebo como a vida é grande, e como eu já vivi taanta coisa, e como eu já to ficando velha, e como as minhas obrigações aumentaram.

Mas, principalmente, no vagão de um trem, eu vejo como sou um grão de areia, e como a vida é significante, ao mesmo tempo em que consegue se mostrar pequena muitas vezes.

E eu vejo como somos fortes. Todos nós.

Pois carregamos, lutas, dores, cicatrizes, tristezas, traumas, alegrias, músicas... tudo dentro de nós. Tudo na vida.

Tudo isso, num simples vagão de trem.



:*

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