Behind us

“Lá em cima do piano tem um copo de veneno. Quem bebeu, morreu e o culpado não fui eu”.

Desde pequenos aprendemos a colocar a culpa nos outros. Tudo, menos eu. E por mais que com o passar dos anos você comece a assumir para sua mãe quando quebra o vaso de plantas favorito dela, até hoje você ainda coloca a culpa de muitas coisas ‘nos outros’.
A questão, é que ‘o outro’ mudou. Não é mais seu amigo Pedrinho. Não é mais a dor de barriga, de cabeça, de garganta.
Agora o outro é seu passado. Seus medos. Suas desilusões.
Nesses sentimentos você sempre vai encontrar um motivo pra justificar suas ações.

Eu fui assim por muito tempo. Alguém, um dia, me machucou tanto que eu passei a viver dentro de uma bolha própria. Não acreditava no amor, na sinceridade de uma pessoa. Não acreditava nas pessoas. E seu eu disser que acredito, vou estar mentindo.

O meu ponto aqui, é mais uma reflexão. O que esta por trás de suas atitudes hoje?
Você é frio, porque um dia foram frio com você?
Você se fechou para determinado assunto por uma tristeza, uma angustia do passado?

Sabe o que eu aprendi essa semana? Que isso tudo não vale a pena.

Eu escondia minha frieza com relação a relacionamentos atrás do casamento #fail dos meus pais.
Eu escondia meu amor pelo meu pai, atrás do conceito universal de que devo odiá-lo só porque ele traiu minha mãe e foi embora de casa.
Eu escondia meu amor pelo Evangelho só porque pra todo mundo da minha idade ser crente é ser careta.

Vergonha do quê?
De ser falho? Cheio de defeitos? Você é mesmo! Eu sou mesmo!
Mas, eu quero te convidar aqui a parar de se esconder atrás das “coisas”. Você é o que é pelas suas experiências, pelo turbilhão de emoções pelas quais passou, pelos seus amores, seus fracassos, suas conquistas, suas certezas incertezas. SIM!

Mas pra ser melhor, é preciso reconhecer que essas coisas te afetaram um dia e que elas precisam ir embora.

SEGUIR EM FRETE é o maior desafio da vida.

Dizemos isso a todo momento, nas músicas, nos poemas, no “bola pra frente” depois do pé na bunda mas, NUNCA efetivamente fazemos isso.
EU SEI, é uma tarefa difícil. E quer saber o que eu acho? A gente finge que quer seguir.

Você não precisa desses fantasmas que regem até hoje cada passo que você dá. Você pode viver sem eles.
Você viverá melhor sem eles.
Não podemos deixar que o medo do “novo” nos impeça de alcançar dias melhores. Porque na realidade, o que temos é medo de nos livrarmos ‘da desculpa’ pra sermos quem somos e encararmos a realidade: o que você faz hoje é o que você é hoje.


“Muda, porque quando a gente muda o (nosso) mundo muda com a gente” - Até quando? Gabriel, o Pensador.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo." - 2 Coríntios 5:17

Você não precisa ser cristão para acreditar que as coisas velhas se passaram e que hoje, e todos os dias que você abrir os olhos, tudo (ou alguma coisa) pode se fazer novo.


Não revisei. Escrevi correndo. Há uma grande possibilidade de estar uma merda. Beijos :*