domingo, 26 de junho de 2011

Sobre mulheres poderosas.

Li um livro esses dias entitulado 'Por que os homens amam as mulheres poderosas?'. Só esse livro já me rende um texto (que eu pretendo fazer antes que eu me esqueça de tudo que eu aprendi e achei um absurdo ali), mas há algo ali que eu preciso comentar porque deu vazão a um questionamento mto forte dentro de mim.

Nele, a autora deixa bem claro que mulheres devem ser casca dura. Você tem que dominar seu homem nem que pra isso vc tenha que mentir. Você tem que sofrer calada, chorar sozinha, reclamar com a amiga. Nunca falar com ele, só agir. Ela se baseia em entrevistas com milhares de homens pra dizer com toda certeza que esse é o caminho para a felicidade em um relacionamento.

Ok, meninos podem se afastar porque você fala demais. Mas, sabe, se eles foram é porque não deveriam ficar.

Se eu não posso dizer para as pessoas como me sinto, do que vale a pena?

O que é um relacionamento senão a interação das pessoas nos mais diferentes níveis. Há momentos em que devo agir. Há momentos em que devo falar.

Se eu não puder compartilhar com o outro o que eu sinto, porque estou ali? Tenho que preencher um requisito do egoísmo masculino para ser aceita? Então talvez, eu nunca seja. Porque eu me recuso a não ser o que eu sou só para me enquadrar no perfil de "Mulher Poderosa" e me sentir bem com relação a um livro.

Pra mim, ser mulher poderosa é ser você. É assumir o que sente, o que pensa, de onde vem, para onde quer ir. É ser sincera, é "por na mesa". É ter sua identidade, seus sonhos, sua vida, seus amores, seus objetivos.

Pra ser tudo isso eu não preciso me privar de dizer como me sinto com relação ao outro.


Ora! Meu nome é Jaqueline, tenho 20 anos, alguns sonhos, pouca capacidade de ser otimista. Tenho meus valores, meus amores. E nesse exato momento da minha vida eu me sinto muito insegura com relação aos meus sentimentos. Eu tenho medo do que sinto, porque eu nunca me senti assim antes por outra pessoa. Eu preciso aprender a lidar com isso.

Às vezes eu acho que incomodo. Que atrapalho. Que não sou a "pessoa certa".

*Essa história de "pessoa certa". Que babaquice né? A pessoa certa é a que a gente quer junto. É a que a gente ama. E ponto.*

Eu nunca precisei ter certeza do que o outro pensa. De repente, eu preciso.

Isso me faz menor? Me faz fraca? Eu não acho.

Isso se chama vida, meu amigo. E eu estou aqui justamente para vivê-la e a partir daí, descobrir o que eu faço com todos esses sentimentos assustadoramente novos.

Eles e tudo que eu ja vivi, me farão no amanhã. Melhor. Mais forte.

Nenhum comentário: